segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Não sei

Não sei o que ocorre, mas creio ter alguma infindável atração - intriga e inquietação aqui serviriam melhor - por determinadas mulheres que utilizam de uma força quase visceral em suas artes, de modo a atingir níveis de êxtase e qualidade que eu não consigo crer ser verossímil para um homem. Desconheço a origem de tal poder, creio advir das mesmas fontes da sexualidade individual de cada uma, mas também há algo que se compartilha nesse gênero que se assemelha à maternidade - ainda que não acredite que seja preciso ser mãe para que essa força exista, ela me parece intrínseca ao sexo feminino, e sem dúvida se manifesta muito fortemente nessas artistas.

Estão entre essas mulheres Björk, Francesca Woodman e Clarice Lispector. São três artistas cuja minha devoção se encontra focada, cada uma em sua respectiva área (música, fotografia e literatura). Admito dificilmente conseguir hoje em dia apreciar quaisquer trabalhos de um ou uma outra pessoa, mesmo eventualmente reconhecendo que também mereçam minha admiração. Simplesmente não consigo desprender meus pensamentos das melodias, imagens e períodos desses três fenômenos do universo que tanto me prendem a elas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Do universo pop

Jogar referências pop não faz nenhuma obra boa, mas manipular clichês subvertendo sua significação, aí sim temos algo de muita qualidade. 

Inserir-se no universo pop para o transgredir em seguida é também excelente. 

Mesclar figurações pop com aspectos de outros universos é ainda mais maravilhoso. 

Mesmo com tantas amarras, há todo uma infinito de possibilidades que o pop nos estende com seu léxico.