quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Hoje é dia de amor

Quem não sente amor hoje não sabe o que é ser feliz.

domingo, 22 de dezembro de 2013

"Esperar é coragem
Estagnação é tristeza" - Amanda Araujo

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Liberdade e expansão

Não tenho muitos pensamentos formados sobre o que vou opinar, farei portanto um exercício de livre escrita a seguir.

Acredito que quando se mede a felicidade, se está mensurando basicamente a liberdade e a expansão de certa pessoa. O segundo não existe o primeiro, mas creio que a existência solitária do primeiro seja a situação atual da sociedade ocidente-liberal.

A liberdade seria não só o conceito negativo de não ser incomodado, mas a possibilidade de explorar quaisquer caminhos internos e externos ao ser, havendo vasta gama de caminhos a se seguir com o menor grau de coerção possível.

No entanto, liberdade sem expansão não é nada mais do que um conceito formal. Acredito que as pessoas hoje, apesar de suas crescentes liberdades, se prendem elas mesmas a determinados caminhos, sem expansão de horizontes, de conceitos, de visões. Ser livre sem usufruir de tal condição é estar tão ou mais aprisionado quanto aquele que sofre a coerção.

A questão é que, para se expandir, é preciso ser livre e assumir o risco. Para assumir o risco, é preciso enfrentar os medos, as preguiças e a inércia. É preciso desbravar, se afogar, cair e adentrar. É preciso se desapegar de sentimentos que o aprisionam, como a raiva e o ódio, é preciso sonhar e ao mesmo tempo não se prender ao sonho e, acima de tudo, é preciso sair do sofá e desligar a televisão. É preciso também parar, pensar, refletir sobre tudo que ocorre a todo momento. Experiência sem reflexão não gera expansão.

Creio que a preguiça seja o maior algoz da vida, principalmente da minha.
A inércia é um agente sutil, mas tão pesado quanto o mundo.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Esparso desejo sonoro

Semente que brota por dentro, sem saber se cresce
Ou se é decrescida em terra escassa
Não identifica ritmo, e se perde no tom
Dança à melodia indefinida, de batida esparsa

Enquanto (de)cresce, sabe ela
Ninguém está assim tão longe
O mundo que a observe!
Será difícil não percebe-la,
pois às vezes nem ela se percebe
Se ela não for, então que seja
Isso tudo é nada para ela, pois
seu interior é por inteiro flor

Quebrando o segundo do diapasão
Sabe ela que não sonha, pois sonho
que se sonha forte não é sonho, mas
Realidade. Não importa a intensidade
do segundo, conquanto que esse
passe como fluido árido, caindo
sobre a terra vazia, preenchendo-a
até que possa, por fim, (de)crescer

Somente ela não sabe, porém
Que não é ela que sonha com a vida
Mas é sim a vida que a sonha
Sonho esse do qual não se quer acordar

domingo, 1 de dezembro de 2013

Dormi no ônibus e acordei em pé

Hoje eu acordei sem ter chegado a dormir
Fidélio disse que chegaria cedo, mas se atrasou
Arranjei dois reais pra pegar um ônibus
Dormi no banco e passei do ponto
Perdi de vista o meu caminho
Saltei distante, acordei sozinho

Encontrei Bete andando ao meu lado
Perguntei a ela se dormia acordado
Ela não respondeu, mas esboçou um sorriso
Perguntou se eu havia dormido
Dei-me conta que não sonhava
Inalava sujeira, expirava fumaça

Entre rimas dispersas, acabei muito longe
Distante daquilo que um dia foi perto
Indaguei se andava no caminho certo
Constatei a certeza de estar errado
Mais certo seria não ver sentido
Nem direção do caminho ao lado.