domingo, 30 de dezembro de 2018

Sobre 2018

Em geral, todo final de ano tento fazer uma breve retrospectiva de seus sentidos.

Não sei, no entanto, se conseguirei faze-lo para esse ano. Não sei dizer o que há com 2018, mas sinto que há uma confusão de fatores que se embaralha, principalmente agora nos últimos meses, dificultando a minha compreensão de para onde estou indo.

Há algo de perturbador nisso. Raras foram as vezes em que tive problemas para encarar o ciclo que se fechava sem tirar alguma conclusão. Mas há muitas antíteses em 2018.

Sinto que algo está para acontecer. Algo que pode ser muito ruim.
Estou andando meio que como em uma prancha de pirata, mas sem saber o que me aguarda ao fundo.

Está tudo um pouco sem sentido mesmo.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

O que me trouxe até aqui?

O que me fez chegar aonde estou?

Foi minha curiosidade com o mundo, meu amor por meus amigos?
Foram os miados da Mia, as viagens para São Paulo?
Terá sido a terapia, ou todas as vezes que marquei e deixei de ir?
Ou será que, de tudo um pouco, fui me trazendo até aqui?

Como me trouxe a uma cama em Copacabana, ao lado de uma gata que dorme, em uma noite quente de Terça Feira, assistindo um filme brasileiro no Netflix?

Estou cansado de me perguntar isso.
Preciso entender o que estou fazendo nesse lugar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Please please please

Deixe-me olhar para aquilo que foi nosso futuro de novo

Permita-me mais uma vez com que eu sinta aquela certeza

Eu até aceitaria uma vida das nossas turbulências

Por um único instante de tudo que senti por tanto tempo

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"So please, for once in a while, let me let me let me, get what want, Lord knows, it would be the first time"

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Já foi, já foi

Já foi, já foi
Um tanto sem você
Um dois, um dois
Eu fui sem você

Já foi, já foi
Já fiquei à mercê
De nós dois, nós dois
A lembrança de você

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Hoje resolvi lembrar de nós dois. É bem verdade que já não faço isso há um tempo, mas me permiti esse momento em uma tão nostálgica quanto simplória situação, em que reassisti a segunda temporada de Skins.

Lembro bem que comecei sozinho essa série. Você acabou pegando o trem na metade do caminho, mas acabamos vergonhosamente nos emocionando juntos no último episódio, que acabo de assistir. Tudo bem, na verdade eu fiquei bem mais eufórico ao fim que você, mas preciso que admita que gostou também.

Admito, também, que demorou para eu me permitir reviver esses momentos, uma vez finalizados. Hoje, no entanto, abraço-os como velhos amigos, aqueles com os quais jamais repetirei as lembranças do passado, mas que posso me orgulhar daqueles feitos que parecia que só nos fizemos.

É ainda engraçado pensar em você. Penso, de um lado, que ter sido parte da sua vida é um de meus maiores orgulhos. Por outro, anseio ainda por sua felicidade, e sinceramente gostaria de saber mais de você.

O mundo está sempre girando, mas estaremos aqui, com a história que tivemos. E foi, sim, uma bela história.




quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Three years, loved you every single day, made me weak
It was real for me, yup, real for me
Now I'll fake it every single day 'til I don't need fantasy, 'til I feel you leave
But I still remember everything, how we'd drift buying groceries
How you'd dance for me
I'll start letting go of little things 'til I'm so far away from you,
far away from you, yeah

O que é essa fita?
Essa é minha fita favorita!

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Não acabou

Nem nunca vai acabar

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Filmes franceses

O cinema francês é conhecido por, quase consciente e intencionalmente, se contrapôr ao americano, principalmente no que se refere a retratar relacionamentos.

Filmes americanos são boy meets girl. Os franceses falam de desencontros.

Os primeiros são conhecidos pela comunicabilidade. A plateia sempre tem uma noção de quem é o personagem e de quais conflitos ele trava consigo mesmo. O mesmo não se pode dizer nos filmes franceses. Decisões surpreendentes, quebras repentinas, longos silêncios sem nenhuma indicação do que é preciso ver ou entender.

Mais do que tudo, acredito, os filmes franceses são muito mais sobre despedidas.

Sobre o relacionamento que não deu certo. Sobre as cicatrizes que deixou.

Não é apenas não ter um final feliz, mas não ter um final. É encarar o que fica para trás como parte ainda de uma história permanentemente inacabada. 

Tento não ser muito pedante escrevendo esse texto. Apenas fiquei um pouco mais atento às despedidas.