terça-feira, 24 de maio de 2011

Blas e mais blas daqueles velhos blablablas

Escrevi pouco esse mês aqui no blog, o que é uma pena.

Na verdade, não tenho tido muito assunto sobre o qual escrever. Minhas angústias foram reduzidas a pequenezas adolescentes, coisas que nem valem a pena serem escritas.

Tenho dado muito do meu tempo à música. Estou com uma banda muito boa agora e estou realmente me divertindo. Tive sorte de encontrar o Victor, o Tarik e a Bubu. Estamos numa sintonia muito boa.

Devo começar também a fazer vôlei na praia. Mais uma tentativa desesperada de me desenfrangar. Espero também aumentar um pouco meu astral indo pra praia regularmente, o que deveria sempre fazer, tendo em vista a proximidade que estou dela.

Estou numa fase bem mais relax da vida, tocando bastante guitarra, vendo bastante tv, estudando quase nada, como sempre... Parei de me preocupar com muitas coisas, até mesmo com mulheres (não que meu interesse por elas tenha diminuido).

Acho que é isso. Beijos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Merdas

De quando em quando falo umas merdas nesse blog. Isso é resultado do meu pensamento rápido e da minha falta de revisão ou desenvolvimento do que escrevo aqui.

A verdade é que, assim que me vêm uma ideia sobre a qual escrever, venho logo para cá e vomito tudo.

Mas que seja, todo ser uma pensa/fala merda, por que não também escrever merdas?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Minha essência

Hoje, uma mulher (digo mulher porque não era nova, tampouco velha para ser chamada de garota ou senhora) disse algo que me surpreendeu: estou sempre a procura da minha essência, e essa será sempre uma busca frustrada, pois estou em eterna formação de mim mesmo.

Essa mulher já me surpreendeu muitas vezes. Com certeza poderia ser uma excelente psicóloga, pois parece às vezes me conhecer melhor do que eu mesmo. Pena que temos um envolvimento afetivo forte demais para ela me analisar com perfeição.

Pois é exatamente essa a minha eterna angústia: a busca pela minha essência. Procuro-a vasculhando todos os arredores da minha mente, consciente ou inconsciente, e continuo sem uma pista de quem eu realmente sou. Busco sempre aquele ser interior que me define, aquele DNA que determina minhas características.

Mas sou um ser humano, estou em constante mutação.

Por que, então, me identifico com algumas pessoas? Não digo pessoas comuns, tão misteriosas quanto a individualidade e o anomalismo lhe permitem, mas aqueles ídolos de sempre, que parecem tocar a todos que passam com a palavra.

Estou falando, é claro, de Renato Manfredini e Clarice Lispector.

Os dois são bem diferentes entre si, mas tem uma sensibilidade que me toca. Renato (Russo) era egoísta, mas humilde. Clarice era um pouco arrogante, mas era altruísta. Os dois eram angustiados, os dois viviam sobre o peso da ciência de que se é inconsciente da própria consciência.

Identifico-me não só com a sensibilidade de ambos, mas, muitas vezes, sinto-me uma mistura dos dois. Sou tão egoísta (talvez mais) quanto Renato Russo e tão arrogante (talvez menos) quanto Clarice Lispector.

Muitos acham que não, que não sou nem um pouco egoísta, que tento sempre agradar demais os outros. Mas isso só se deve à minha insegurança, que me dá o medo de me afastar daqueles que gosto. Também posso agradar por gratidão, pois quando alguém faz algo por mim me sinto na obrigação de retribuir.

Tudo isso é muito e muito pouco. Muitos nem chegam a uma fração de onde cheguei a saber de mim mesmo. Para mim, porém, é insuficiente. Quero me decifrar, me conhecer.

Mas esse enigma nunca será igual ao que era há um minuto atrás. Enquanto procurar a mim mesmo, serei sempre angustiado.