segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Carta anônima

Vou viajar nessa semana, então não poderemos nos encontrar, como prometi.

Sei que tenho sido meio quieto, às vezes até meio esquivo, mas é porque não tenho certeza ainda do que sinto por você. E, mesmo se soubesse, não saberia o que esperar de você.

Você é para mim a pessoa mais instigante que já conheci. Queria eu que sua alma estivesse tão nua quanto seu corpo em minha mente. Minha visão, porém, é míope ao te ver, além de um tanto quanto dautônica. Seus pensamentos se perdem no embaçado de meus olhos. As cores de seus sentimentos se confundem diante de mim.

Perdi-me de um jeito totalmente novo quando te encontrei. Quero agora me achar.

Por isso, estou viajando.

Mas volto assim que puder.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Adeus, primeiro amor

Fui, pela primeira vez em muito tempo, ao cinema sozinho, assistir o filme cujo nome está no título desse post.

O filme é tipicamente francês, poucas falas, muitos olhares. Valeu a pena a empreitada, mas não é disso que eu quero falar.

Acontece que durante a sessão uma enorme nostalgia me abateu de forma rápida e surpreendente. Voltei três anos no tempo, em um período no qual me via cada vez mais no emaranhado de um amor tão profundo quanto doentio.

Ainda tenho lembranças fortes daquela época, na qual fui esmagado por um sentimento que não conhecia e acabou por me arrastar por uma estrada de muitas dores. Em teoria, creio que superei aqueles tempos amargos, que segui em frente. Porém, filmes como o que vi hoje, que giram em torno de um amor imaturo e insistente, me mostram o como tudo que eu ainda penso e faço hoje em dia é uma consequência daquela época.

Ainda sou imaturo quando se trata de relacionamentos, por que espero que todos eles sejam como o que ocorreu nos meus quinze anos, mas sem o sofrimento que  gerou. É utópico, quase, imaginar que vou atingir tal nível de intimidade e conexão em tão pouco tempo sem abrir feridas ainda mal cicatrizadas.

Tenho que diminuir o passo.

La demande pour un idéale

Je ne regarde pas pour la personne de ma vie, mais je cherche un idéale d'amour par lui-même.

Je voudrais, en effet que ma vie soit un film français. Beaucoup d'amour, boaucoup des sentiments. Seulement ça.

Síndrome de Atlas

Sou Áries com ascendente em Capricórnio.E isso não importa.

É incrível como sinto esse grande peso sobre meus ombros, sem motivo aparente. Hoje, porém, enquanto andava por Botafogo, pensei um pouco sobre isso.

Acontece que sou um tanto quanto impetuoso em relação a tudo a meu redor. E um tanto quanto romântico, o que é uma péssima combinação. Acabo por mergulhar sempre de olhos fechados pro mundo e a vida freia esse meu ímpeto romântico com a frieza da realidade na qual me afogo por fim.

Isso nos faz voltar ao meu signo. O ariano é justamente impetuoso e romântico. Já o capricórnio é o signo da prudência e do realismo. Essa contradição marca fortemente minha personalidade, mas tendo sempre mais para Áries. A vida, no entanto, comporta-se como meu ascendente, dando-me doses geladas de realidade e fazendo-me cair em frustração.

Sinto hoje que sou um colecionador de frustrações e é justamente esse o peso que pressiona meus ombros e impossibilita minha leveza.

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É engraçado notar minhas fases indo e voltando.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ti mitico foif

Quero mergulhar em sua voz de mar
Em suas palavras talvez me afogar
Quero dizer, mas sem admitir
Que a sua lembrança me faz sorrir

Belas mentiras enfeitam tristes verdades
Nada parece realmente certo
Quando se sente o frio que arde
E ainda quer chegar mais perto

Sei que algumas turbulências virão
Sei que vou sentir frio no verão
Sinto tudo negar à minha volta
A chuva que vem, vai e retorna


Mas, sinceramente, não me importo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Passagem

- O que você quer de mim?
- Seu amor. Apenas isso.
- O que você pede é demais.

Helena tentou afastar-se, mas Fernando continuou a cercá-la. Seu corpo fino continuava sendo cada vez mais pressionado pelos músculos de seu (ex)amante, que pareciam transpirar desejo.

- Ama-me - disse ele, com olhos escarlates.
- Não posso.
- Ama-me! - levantou o braço, e Helena se assustou.

Já agachada em posição fetal no canto da parede, sentia-se humilhada por aquele ser que tentava lhe impor um amor impossível através de sua força bruta. Não tinha para onde fugir, não tinha como se proteger. Estava à mercê do desespero de um homem incapaz de aceitar o fim de um sentimento ao qual tanto tinha se apegado. E ela nada poderia fazer por ele ou por ela.




segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O equilíbrio (distante)

Tenho a tendência de buscar a leveza.

Leveza pra mim é liberdade, é não ter raízes, que te prendem a um lugar, uma consciência, uma opinião, um pensamento.

É poder andar sem rumo pensando em tudo e nada ao mesmo tempo. É poder apreciar a beleza de um momento trivial, o qual passa muitas vezes sem ser percebido.

É poder abrir um sorriso sem motivo.

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No entanto, estou sempre a procura de um amor. Não o amor leve, mas um amor profundo, pesado. Um sentimento que me faça girar em torno dos momentos em que estou com a pessoa amada.

Pesado o suficiente para me sentir pleno apenas quando estiver com ela.

Pesado o suficiente para me prender às maiores trivialidades dos momentos em que estiver com ela.

Pesado o suficiente para me fazer sorrir quando apenas penso nela.

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Seria essa a busca inconsciente de um equilíbrio?

Só sei que já estou sorrindo, mas não sei ao certo se é pela leveza ou pelo peso.


Abrindo Dezembro

Os minutos passam como areia em minhas mãos.
O tempo me escapa pelos dedos
como a água do mar num dia de verão

Admito, sou distante como a lua.
Por muitas vezes também disperso.

Acontece que esperei mil horas pra perceber
que eu não quero mais esperar.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Música é amor. Amor é música.

(do mesmo jeito que massa é igual a energia e poupança é igual a investimento)

Pouco tenho a falar sobre isso.

A cada dia que se passa me sinto mais ligado a essa energia que transcende meus sentidos. Ao mesmo que tempo em que não poderia viver sem amor, não poderia viver sem a música.

São esses dois elementos do mundo que me fazem querer continuar a viver, são os dois que me fazem de fato feliz. São parecidas em muitos aspectos, mas creio que há uma grande diferença:

O amor pleno, perfeito, será sempre inalcançável, sempre em um plano mais distante. A música está comigo em todo lugar, a toda hora.

Mesmo assim, não tenho dúvidas,

Música é amor. Amor é música.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Espíritos

Foi há pouco que tempo em que eu estava deitado em minha cama, lá para as quatro da manhã, quando acho que ouvi um barulho. Não tinha certeza, porque não sabia identificá-lo. Quando me virei, abri os olhos e, sem mais nem menos, me deparei com uma aranha do tamanho do meu punho, descendo sob uma teia no ar na minha direção.

Levantei assustado e acendi a luz. A aranha tinha desaparecido. Procurei vestígios e nada, até que eu comecei a perceber o quão absurda seria ter um inseto desse tamanho no meu quarto sem eu ter percebido antes. De qualquer forma, naquela noite, dormi na sala.

Não sei se foi uma alucinação, mas cheguei a pensar que tivesse sido. Até que falei com um amigo meu e ele falou sobre espíritos e sexto sentido. Acontece que ele tinha experiências como essa o tempo todo e que isso não devia ser mais do que um espírito que passava pela minha casa.

Entre tudo que ele disse, me chamou a atenção a explicação de que esses espíritos não haviam transcendido ainda para um lugar mais elevado, por isso ficavam vagando pela terra com o propósito apenas de chamar a nossa atenção. Ele me disse, por exemplo, que mais de uma vez quando fazia uma determinada curva numa rua pela qual ele sempre passava, via um homem atravessando. Ele já não mais nem freava, porque sabia que o homem ia desaparecer.

Isso tudo é muito estranho para mim, mas não nego absolutamente. Já tive experiências parecidas, embora não muito frequentemente. Já uma vez, de madrugada, quando eu fui dormir, vi meu irmão, certamente no seu sétimo sono, olhando para mim. Mas não eram seus olhos, eram olhos verdes, quase brilhantes. Só havia uma coisa que eu poderia fazer: deitar na cama, me cobrir e dormir.

Sempre tive muito medo do sobrenatural. Ao mesmo tempo, não acredito totalmente nele.

Isso tudo é muito estranho.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A noite mais bela da minha vida

Tenho passado por muitas situações estressantes. Estou no final de período, quase repetindo todas as matérias da faculdade, sem nem ânimo para continuar estudando. Além disso, acabo de descobrir coisas que não queria que fossem verdades da minha exnamorada (Isabela), que se mostrou muito mais imatura e vingativa do que parecia ser. Junte isso tudo com pais cada vez mais preocupados e intrometidos na minha vida e você terá uma  bela confusão mental.

Tudo isso se interrompeu, porém, em uma noite magnífica. Ou parte dela, pelo menos.

21h40: Depois de outra prova desastrosa, fui encontrar meus amigos em um bar na Lapa, próximo à Fundição Progresso, onde eu veria um show dos Móveis Colonias de Acaju (pela segunda vez) e Nação Zumbi.

Ok, esqueçam os horários. Assim que abriu a casa, entramos e ficamos esperando o show começar enquanto conversávamos e bebíamos umas cervejas. Foi relaxante.

Eu estava bem relaxado quando o show do Móveis começou, e que bom que eu estava. Que show... Muita energia, muita presença de palco, muitos integrantes na plateia, muitos gritos, muitos pulos, muitas palmas, enfim... Puta show.

Daí, pouco antes desse terminar, fui para o lado de fora descansar e pegar mais umas cervejas. Acabei encontrando uma garota com quem estou saindo, outra da minha faculdade e por fim me juntei aos meus amigos, que desapareceram antes de eu me despedir da menina (que, aliás, é descendente de Jesus).

Curti bastante Nação Zumbi, mas não estava muito na vibe de guitarras distorcidas e muitos gritos, por isso, saí um pouco com dois amigos meus no meio do show.

Aí que está a beleza da noite: a imagem de um casal, sentado no meio (literalmente no meio) de um dos Arcos da Lapa. Não sei exatamente como eles chegaram ali, nem sei como eles eventualmente saíram, mas ver aqueles dois sentados, juntos, com aquela paisagem à volta... Foi extasiante. Faz-me acreditar de novo no mundo.

Sei, agora, que o amor pode fazer qualquer coisa.

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Cá estou, em casa, escrevendo sobre a minha noite. São 4:30 da manhã, tenho aula ainda hoje e eu não poderia estar mais feliz.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Questões de vida (eu sei, de novo)

Postei há pouco tempo sobre o assunto, mas como não pensar sobre isso?

A gente vive nossa vida sem nem perceber, sem nem sentir ou se importar e quando piscamos os olhos estamos velhos, perto da morte.

Tenho 18 anos, talvez um quinto da vida, talvez bem mais. Olho pra trás e sinto que completei tão pouco, realizei tão pouco... Queria tanto ter feito tão mais, visto tão mais, ouvido tão mais. Mas continuo com essa vida medíocre, mesquinha, triste.

Os anos vão passar e eu vou continuar desse jeito. Quando tudo acabar, como vai ficar? E quando isso tudo terminar? Eu nem sei mais como escrever aqui o que eu estou sentindo. Uma certa urgência...

Egoísmo

Já me achei uma das pessoas mais altruístas que conhecia. Hoje sinto que é totalmente o contrário.

Existe aquele papo de que tudo que você faz é fruto do seu egoísmo e eu concordo. Mesmo quando ajudamos as pessoas, estamos fazendo isso porque nós nos sentimos bem com a gratidão do outro.

Sei lá, na verdade, eu queria escrever uma porrada de coisa sobre isso, mas não sei mais o que falar... 

Enfim, não julgo em quem ainda acredita em altruísmo. É bom que haja pessoas com fé na humanidade.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Citando um tal de Manfredini

Enquanto muitos ainda querem ser os filhos da revolução, eu ainda procuro alguém que me entenda do início ao fim.

A efemeridade da beleza

Abriu a porta devagar, para não acordá-la. Aos primeiros passos, porém, percebeu a presença de Helena, ainda de pé, olhando-se fixamente no espelho do quarto. Sua camisola, a mesma que comprara em Paris, não revelava por inteiro sua desejada pele, porém, deixava transparecer suas mais belas curvas, lembrando Fernando das noites em que haviam dormido sob o céu francês.

Aproximou-se lentamente, sem mais tentar disfarçar sua chegada. Posicionou-se atrás da mulher e começou a beijá-la suavemente no pescoço, enquanto desabotoava sua camisa.

- O que faz acordada tão tarde? - perguntou, sem se preocupar em receber resposta. Seu desejo já o havia conquistado, dilacerando seu pensamento. Tudo o que via agora eram as mais belas linhas femininas que imaginara ter para si. Helena, porém, perguntou, como se para o vento:
- O que você vai fazer se, daqui a dez anos, ainda estivermos juntos?
- Não entendi... - disse ele, não mais esperando ou desejando palavras ao ar naquele momento.

Ela não respondeu de imediato, mas fechou os olhos por alguns instantes. Após um leve suspiro e ainda sem mexer o pescoço, disse:

- Daqui a dez anos você terá 37 anos e eu, 40. Enquanto sua virilidade ainda estiver no auge, meu corpo começará a amolecer. Provavelmente já terei tido filhos, portanto, já não te darei tanto prazer quando você entrar em mim, além do que meus seios começarão a pesar sob a gravidade e começarão a cair. Meu rosto mostrará seus primeiros sinais de cansaço, com rugas e olhos curvados. Minhas pernas não serão mais tão fortes e não poderão te apertar contra mim quando seu corpo estiver sobre o meu... Mesmo assim, você ainda vai me querer?

- Acha mesmo que é apenas sua beleza que me atrai? - nem mesmo Fernando estava certo se sua pergunta era a que deveria fazer.

- Tenho certeza. Pode dizer que me ama, que quer estar para sempre comigo, mas sei que a única coisa que hoje o prende a mim é a minha beleza. É ela que te faz pensar em mim quando está trabalhando, é nela que você pensa quando está chegando em casa. É o medo de perdê-la que o impede de deitar-se com outras mulheres, menos belas do que eu. Todo o resto que existe em mim pode esquecer e substituir, mas minha beleza é sólida, você pode tocá-la. Esse toque estará sempre na sua lembrança, aprisionando-o na fidelidade.

- Por que me vem a falar dessas besteiras agora? - retrucou, quase irritado.

Novamente, a resposta não veio de imediato. Helena virou-se lentamente, ainda sem olhar nos olhos de Fernando, começou a abrir as calças que ele usava. Quando já se encontrava de pernas nuas, ela disse:

- Estava a pentear meu cabelo hoje e, enquanto ainda estava distraída, achei um fio branco entre meu emaranhado negro. Isso me fez perceber o quão efêmera é a beleza. Também o fardo que ela é. Ela esconde a minha alma, destrói a minha essência e hoje me transforma apenas em uma imagem a ser desejada. Amanhã, quando tudo isso passar, serei apenas uma lembrança.

Ela, então, finalmente olhou-o nos olhos e desceu as alças de sua camisola, mostrando todo o seu corpo nu. Fernando embriagou-se com a visão de seus seios pequenos, centralizados pelos mamilos discretos e levemente inclinados para cima. Descendo a vista, admirava o triângulo escuro entre aquelas lisas pernas, fazendo-o esquecer de toda a angústia de Helena e apenas querer descobrir mais uma vez os mistérios daquela mulher, aventurando-se dentro de seu corpo negro e belo.

- Ainda assim, amo-te. E enquanto puder prendê-lo em minha beleza, eu o farei - disse ela.

Naquela noite, amaram-se com tanta intensidade quanto a primeira vez em que se deitaram na mesma cama.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Questões de amor (de novo)

Eu sei, eu sou meio chato quando trato desse tema. Mas é porque é difícil, não consigo me achar nessa questão, não consigo me entender. Minha confusão é a única constante dessa função, é a única coisa que posso garantir que existe em mim quando se trata desse sentimento.

É sempre algo maravilhoso, estar apaixonado. O problema é fazer a pessoa se apaixonar por você. Quando você menos espera, encontra-se dentro dos jogos de azar do amor, no qual escondem-se de ambas as partes o sentimento pelo outro. Acho isso tudo tão cansativo. Infelizmente, tudo isso parte do pressuposto de que as pessoas gostam do que não têm, um argumento que recuso completamente.

Primeiro que ninguém tem ninguém. É aquela questão do sentimento fluido que eu falei antes, que pode surgir e desaparecer com igual velocidade. Depois que eu acho que quando as pessoas gostam do que não têm, é porque não sabem ver de fato o que elas têm.

Eu, por exemplo, amo os amigos que tenho. Amo a vida que tenho. Amo tudo que pertence ao meu círculo social e pouco penso sobre o que não possuo.

Quando eu gosto de uma pessoa, eu quero estar com ela. Quero poder dizer: amo viver minha vida com você nesse momento. Quero poder falar sem medo de assustar ninguém que a minha a vida é muito melhor quando estou com a pessoa que amo, não é difícil entender isso.

É, eu já fiz muita merda pensando assim. Já afastei algumas pessoas, já sofri muito e provavelmente ainda vou sofrer muito mais. Mas essa é a vida que escolhi, esse é o meu jeito de viver. Pode não ser o melhor, mas é o que tenho.

E eu o amo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Falsas perspectivas

O mundo de vez em quando te dá falsas perspectivas. Uma vez que seu futuro lhe parece certo, é quando mais você deve suspeitar do mesmo. Geralmente esse é o período pré-reviravolta (foda-se se o hífen morreu, não sei escrever sem ele).

Acontece que de quando em quando ando por tardes dispersas, tentando descobrir meu rumo. A surpresa é grande quando eu constato a falta do mesmo. Engraçado ver o como nossa vida não passa do vazio do presente.

O passado não existe mais, o futuro ainda não existe. Sobra-nos uma percepção do tempo, que está em constante movimento, sempre em frente.

É angustiante, de vez em quando. Mas acabamos aprendendo a viver assim.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Divagações sobre movimentos e a vida em geral...

Se uma coisa eu posso dizer sobre mim mesmo com certeza, é que sou uma metamorfose ambulante.

Tenho certeza de que daqui a um ano eu vou ler esse post e pensar: que merda que eu escrevi aqui ein...

Mas uma discussão que tive sobre o ocupa rio me obrigou a escrever aqui o que penso sobre essas (tal e coisa) coisas e talz.

Já fui um ser extremamente político. É possível ver nos meus posts antigos comentários que eu fazia sobre esses assuntos. Porém, no último ano, tenho me desconectado da política, embora ainda a acompanhe. Fiz isso não porque queria me alienar ou qualquer coisa do tipo, mas porque percebi que eu não vou mudar o mundo tentando mudar os outros.

Prefiro hoje em dia, realizar uma revolução dentro de mim mesmo, querer me mudar antes de querer mudar qualquer outra coisa. Sentir mais o amor e a vida para poder evoluir e construir assim um círculo que terá algo de fato diferente dessa nossa sociedade destruída.

"Paz e amor", tento trazer essa lição para mim, não para os outros. Tenho ainda tanto a aprender que não me sinto no direito de ensinar qualquer coisa a alguém. Sou apenas mais um, mas meu mundo é meu e é nele que tentarei mudar algo.

Minha mensagem para os outros é apenas: sejam a mudança que vocês querem no mundo.

Ser brasileiro

Muitas pessoas vão querer me matar se lerem isso (o que não me preocupa, porque não vão ler), mas nunca me senti plenamente brasileiro. Nunca me encheu esse orgulho de morar no Brasil, nunca senti aquele êxtase patriótico ao ouvir o hino ou saber de uma conquista de meu país.

Não sei porque, mas até acho um pouco idiotice separar as pessoas em nacionalidades. O que um brasileiro tem de diferente de um alemão, por exemplo? O idioma é diferente, okay, então o que resta? Alemão é mais poupador que o brasileiro? Quer dizer que não existem brasileiros poupadores e alemães gastadores? A frieza alemã e a cordialidade brasileira realmente existem? Não há brasileiros ranzinzas e alemães cordiais?

Estou exagerando, é claro, tudo isso se dá por médias, mas tenho a propensão a duvidar delas para definir povos. As pessoas são o que são pelo que absorvem de seu meio, claro, mas acho que acabamos por negligenciar o fator individual de cada um. O que faz de mim um brasileiro? Não gosto de carnaval, não sou muito fã de samba, nunca soube jogar futebol. Falo português porque aqui vivo, sei falar também inglês e francês, além de restos mortais de alemão. Leio literatura brasileira, mas também angolana, moçambicana, argentina, polonesa, norte-americana e por aí vai.

Não gosto da palavra "fronteira", por exemplo. Não gosto do fato de existirem governos que lutam uns contra os outros. Sou um tanto anarquista no fundo, admito, mas sei que estou falando de coisas utópicas. Simplificando, nunca me senti a identidade brasileira em mim. Sempre senti a minha identidade, apenas.

Mentira, apesar disso tudo, me sinto carioca. Engraçado isso.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sempre fluido, nunca estático

Algumas coisas aconteceram nesse período que fiquei fora. Creio que a mais importante tenha sido o meu término com a Isabela. Foi meu terceiro namoro que se foi. É surpreendente a capacidade que tenho de me envolver e me cansar de um relacionamento tão rapidamente. Pode ser a idade,  pode ser a imaturidade, pode ser muitas coisas de fato, não dá pra ficar analisando.

O que eu posso dizer é que não sou uma pessoa muito fácil. Quando me apaixono, quero estar o tempo todo com a pessoa por quem me apaixonei, quero viver a vida ao lado dela, compartilhar novas experiências, acertar e errar ao lado dela, passar noites e noites com ela, apenas estando um com o outro. Eu amo a intimidade que o amor provoca. Creio que amo mais a intimidade do que a pessoa amada. Nietzsche já dizia coisa parecida, mas também não vou entrar em papo de filosofia de botequim.

Tudo isso, no entanto, pode acabar de um dia para o outro. Posso muito bem acordar e pensar: não quero mais ficar com essa pessoa. Também uma coisa pequena na pessoa pode me chatear a ponto de eu não mais suportar estar com ela. Vou tentar continuar enquanto ainda tiver amor, mas isso pode acabar a qualquer momento.

Amor, para mim, é uma coisa fluida, nunca estática. Posso amar uma pessoa sem motivo algum, de uma hora para outra, mas, para continuar amando-a, tenho que me apaixonar todo dia. Nunca vou amar alguém porque a amava antes, isso para mim é impossível.

Creio, na verdade, que todos nossos sentimentos são fluidos. Ódio, raiva, tristeza, felicidade, amor, paixão, tudo isso vai e volta com intensidades diferentes, mas nunca vem para ficar. Acaba sempre passando um dia...

Nesse tempo que estive fora

Muitas vezes me pergunto o porquê de continuar escrevendo aqui... Não é como se eu fosse fazer sucesso por esse blog ou qualquer coisa parecida...

Sei lá, antigamente eu o usava para me expressar, mas hoje isso tem pouco sentido para mim, que estou usando muito mais a música para esse fim...

Agora estou simplesmente escrevendo o que acontece na minha vida. Talvez no futuro isso me ajude a relembrar desses meus tempos. Não sei, realmente não sei.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Essas dificuldades de banda...

Há pouco tempo tive que acabar com uma banda em que estava.

Cheguei a falar dela nesse blog, era uma banda onde tocavamos funkrock ao melhor estilo rhcp, com algumas paradas mais psicodélicas graças ao baixista Victor Oliver, que sabia dar esse tom muito bem.

Era uma banda cuja música me animava e divertia, além do que nossas jams eram sempre produtivas e gostosas de ouvir e tocar. Porém, via claramente que nenhum dos integrantes estava lá para levar a sério a banda. Todos estavam se divertindo, mas ninguém queria passar muito disso. Eu é que sempr marcava os ensaios, fazia as músicas, arranhava algumas letras e por aí vai...

Foi em uma conversa com um amigo meu que toca baixo em outra banda que eu soube que não daria para continuar. Ele estava reclamando de um integrande da banda dele que não levava a sério nada e tinha que ser empurrado pelo resto. Falei então: cara, você está reclamando de um integrante, na minha, ninguém leva nada a sério além de mim, isso sim é uma merda.

Por isso decidi não marcar mais ensaios. Agora, estou com outro projeto de banda com a minha namorada, na qual ela cantará, um amigo dela vai tocar bateria e esse outro com o qual tive a conversa tocará baixo. Não definimos ainda muito o som, mas quero puxar mais para algo perto de legião urbana com um pouco mais de distorção, funk, delays e afins. Talvez ainda arranjemos uma guitarra base.

Não sei, estou tentando não criar expectativas...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Red Hot Chili Peppers, Rock in Rio, Tatuagem e afins...

Nossa, tanta coisa aconteceu nesses últimos dias e eu não escrevi nada aqui... Vai ter que ser tudo de uma vez.

1- Fui no Rock in Rio, no dia do Red Hot. Cheguei no dia anterior para ficar na fila, mas, vendo a inexistência da mesma, fui para um apartamente vazio onde estavam uns amigos meus, que era do lado do evento. Lá, tomar umas cervejas e ficamos falando sobre o show do dia seguinte e o quão foda ele seria. Um dos momentos mais agradáveis desse ano, até porque Gabriel, um amigo meu que está morando em Los Angeles, estava lá.

Chegamos na fila umas nove da manhã e, após esperar sob uma leve chuva até as duas da tarde, corremos até nosso lugar na grade. Passamos o resto do dia sentados em nossos lugares, procurando matar o tempo, sem sucesso.

Não quero me estender muito sobre os shows anteriores ao do RHCP, mas farei aqui um breve resumo. NX0 foi chato, mas não merecia ter sido vaiado. Gosto é de cada um e os caras não estão lá para receberem vaias. Muita imbecilidade. Stone Sour foi legal, mas não faz meu estilo. Capital Inicial deu pra animar um pouco, mas os constantes empurros, o calor, a sede, a vontade de ir ao banheiro não deixaram eu aproveitar muito o show. Snow Patrol conseguiu superar todos os limites de chatisse que eu já vi numa apresentação.

Daí, teve o Red Hot Chili Peppers. Não tinha ideia de que todos que estava à minha volta sabiam a letra de TODAS as músicas e foi extremamente delicioso cantar com todo mundo. Devido à falta de espaço, não pude dançar muito, mas tudo foi compensado pela energia que passava por aquele local. Faltam-me palavras para descrever a maravilhosidade daquela hora e meia que passei ao som da melhor banda existente no universo.

Depois, cheguei a conclusão com meus amigos: não teria valido a pena se não fosse o RHCP.

Tão bom foi o show, tanto eu estou ligado à banda e à música que, na quinta passada, fiz uma tatuagem do símbolo do Red Hot no ombro direito.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Interiormente

Estou passando por uma fase tão estranha... Como se estivesse a esmo, meio sem rumo.

Não sei mais o que quero nem como quero. Não tenho previsões simples do meu futuro.

Meus sentimentos estão embaralhados em uma confusão estagnada, como um navio sem velas num mar calmo.

Nem ao menos sei o porquê disso tudo. Veio meio de repente.

Eu...

acabei de perceber que tento analisar tudo muito fria e cientificamente.


Como eu queria pensar de maneira mais livre...

A difícil tarefa de amar

Amar alguém, quando eu era pequeno, me parecia algo natural e extremamente fácil.

Mesmo após chegar à adolescência, imaginei que a mulher que eu amaria aceitaria meu sentimento e o compartilharia com igual facilidade. Haveriam pequenos conflitos, mas o amor continuaria forte, sem problemas maiores.

Estava, obviamente, muito enganado. Posso dizer que amei quatro garotas até agora e em nenhum dos relacionamentos pude desenvolver esse sentimento sem dificuldade. Amor, hoje sei, traz consigo doses variadas de sofrimento, dependendo da mulher com quem você está e do período pelo qual você está passando.

Amar é como uma música difícil que você quer tocar na guitarra, pois exige tempo e dedicação. Você pode sofrer para tocá-la, será angustiante até você aprendê-la e frustrante o fato de estar sendo tão difícil. Mas, no final, terá valido a pena.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O prazer

Uma das maiores divagações que tenho comigo mesmo é a importância do sexo na nossa vida e a visão que devemos ter do mesmo.

O tema, creio, já está deixando de ser tabu, mas muitos ainda se relacionam de maneira bastante dúbia em relação a essa prática.

Acredito que a visão do sexo também se divide bastante quando se separam os gêneros. Homens pensam no sexo como uma conquista e, de certa forma, uma obrigação como macho. Influenciados pela mídia e pelos ascendentes masculinos, sentem-se pressionados a tentar a qualquer custo transar com uma garota, de preferência sem amor.

As mulheres se dividem ainda mais no que se trata ao sexo. Há os extremos, numerosos dos dois lados, mas o pensamento que eu creio que predomina é que transar é algo saudável, prazeroso, mas um tanto quanto vulgar e deve ser restringido de alguma forma, para que a mulher não seja mal vista pelas outras. E é muito melhor quando tem sentimento envolvido.

O que eu acho?

Como homem, sou um ser que busca sempre o sexo, mas não queria que fosse assim, para os dois lados. Vejo o sexo como uma ligação física que, dependendo do casal, pode se estender a uma ligação espiritual. Acho, sim, que não deva ser banalizado, mas isso não quer dizer que não se deva fazer sexo sempre e, claro, variando. As pessoas podem estar cientes do valor daquela ligação, isso não quer dizer que o ato deva ser impedido/atrasado/restringido.

Considero também uma coisa extremamente natural e acredito que seria ainda mais prazeroza se não houvesse toda aquela pressão de ser o melhor, ser o comedor e qualquer coisa do tipo. Se estivessemos livres de qualquer prisão social, transar seria muito mais relaxante e agradável.

E, claro, acredito em um relacionamento monogâmico, mas não creio que essa condição deva ser imposta. Pode existir o amor e a vontade de fazer sexo com apenas uma garota/o. Mas também pode existir o amor e o desejo por outras pessoas, não pode? Eu, pessoalmente, me restringiria naturalmente a uma mulher amada, até porque eu acho que sexo com sentimento é extremamente melhor.

Quando há amor envolvido, a energia emana de qualquer movimento e é sentida pelo suor que refresca duas peles em perfeito contato. São duas almas que se entrelaçam em um único corpo quente e pulsante.

A beleza da transição

Quando estou a dar uma de lírico
e tento, de qualquer forma, poetizar
me perco às vezes nas palavras
podando-as em temas universais

Escrevo, agora, um texto em estrofes
para dizer que renego o que quis antes
Hei de escrever sobre o que quiser
sem rimar nem universalizar

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Isabela e o amor

Sempre gostei do nome Isabela. Um nome simples, despretensioso, mas que tem bela no final. Poucas foram as vezes em que conheci alguma garota com esse nome e não gostei dela de alguma maneira.

Enfim, a Isabela da qual está falado vem a ser a minha namorada atualmente. Conheci-a há cerca de dois meses e estamos juntos há pouco mais de uma semana e já posso dizer que dificilmente encontrarei outra mulher como ela.

Além de ser extremamente bonita, ela tem um ótimo gosto musical e, principalmente, vive levemente a vida, coisa rara de se encontrar nos dias de hoje. Isabela pode se estressar com coisas pequenas, mas não conseguirá ficar mais de dez minutos nesse estado. Não tem grandes preocupações nem grandes problemas que a tirem de seu estado de felicidade puro e contínuo.

Esse foi sempre o tipo de namorada que procurei para mim, sem sucesso até então. Alguém para dividir a falta de preocupações e estresses, alguém para rir com você por qualquer coisa imbecil que possa te fazer rir. Alguém para caminhar sem sentido certo, apenas para estar um ao lado do outro.

Leveza de espírito, essa é a maior qualidade que uma pessoa pode ter. E Isabela tem isso.

Amá-la é uma das coisas mais perfeitas que há.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Às vezes...

... eu sou um imbecil se tratando de relacionamentos. Pareço uma criança. Enfim, isso tudo não quer dizer algo?

Não sei, mas não saber é que deixa tudo mais divertido.

Alguém me diz...

... o que eu faço da vida?

sábado, 3 de setembro de 2011

Uma crítica pessoal de "I'm with you"

Quando em 2009 tive o desprazer de saber que John Frusciante (na minha opinião, o melhor guitarrista dos últimos tempos) havia saído do Red Hot Chili Peppers, imaginei de tudo o pior. Acabou sendo substituído por Josh Klinghoffer, um antigo amigo da banda e do próprio ex-guitarrista, com quem já gravou muitas músicas.

Tinha, portanto, uma imagem dele de um mero aprendiz (Klinghoffer tem quase dez anos a menos que John) de um grande guitarrista e que, mesmo podendo ter boa técnica, não se equipararia aos antigos trabalhos de Frusciante no Red Hot Chili Peppers. Imaginei que eles lançariam talvez um novo One Hot Minute, álbum lançado em 1995 após a primeira saída de John, e um dos piores da banda, na minha opinião

Foi com essas ideias que assisti ao show de lançamento de I'm With You e comprei o cd. Ouvi-o uma vez. Ouvi outra. E outra. Não adiantou, continuei não acreditando no que estava ouvindo. Josh mostrou-se um guitarrista completo, desenvolvendo músicas funky, pesadas, baladas, tudo com bastante perfeição. De fato, deixou a desejar nos solos, além de praticamente abolir a distorção, mas compensou isso tudo com intensa energia no seu instrumento, novos efeitos em sua guitarra, melodias complexas e backing vocals surpreendentes.

Além de Josh, Flea e Chad estão mais alinhados do que nunca. O baterista do rhcp parece ter incorporado um novo espírito africano, desenvolvendo ritmos quebrados e complexos. Além disso, a adição de um novo membro, Mauro Refosco (brasileiro, por sinal) na percussão deu também uma nova batida latina para a banda. Para completar, flea continua com sua energia de sempre, combinando ritmos funks e punks de uma maneira que só ele consegue fazer.

Os três parecem ter progredido musicalmente também. Enquanto nos outros álbuns, podia-se ver que muitas músicas surgiram e se desenvolveram de jams, I'm With You mostra uma maior maturidade musical, tendo sido melhor pensado e trabalhado. A grande surpresa, no entanto, são as complexas e belas frases no piano, tocadas por Flea, que estudou o instrumento durante o hiato da banda.

O que, por fim, posso dizer é que minha única decepção foram os vocais de Anthony Kieids. Todos parecem reciclagens de antigas músicas, além de se assemelharem em todo álbum. É o que, na minha opinião, faz muitas pessoas pensarem que tudo na maior banda do mundo é meio igual. Triste, mas compreensível. Por outro lado, pode se ver uma certa mudança em certas letras, algumas nostálgicas, outras falando da morte e de outras questões profundas. Um grande amadurecimento para quem antes só escrevia sobre drogas e garotas.

Concluindo, quando parecia que tudo ia mal no Red Hot Chili Peppers, eles se inovam e até melhoram. Nota 9,5 para I'm With You.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Red Hot Chili Peppers

Eu não sei se algum dia eu postei nesse blog sobre a minha banda favorita...

A questão é que o RHCP é a banda cujo número de músicas que eu sei tocar é o maior dentre todas as outras. Tenho a discografia inteira deles no meu iTunes e, se não me engano, já vi todos os seus videos.

Acontece que o som do Red Hot é uma coisa vibrante, que mistura a batida do funk com guitarras à la Jimi Hendrix, produzindo um som único que eu acho fascinante.

Enfim, ontem eu fui assistir ao show de lançamentos do novo CD deles (I'm with you) no cinema e, obviamente, não consegui me manter sentado por muito tempo. Acompanhado por outros amigos meus e pessoas desconhecidas, pulei, cantei e dançei ao melhor som que eu já escutei na minha vida. Aqueles que estavam comigo, em pé, estavam no show. Os que estavam sentados, no cinema.

Hoje eu comprei o CD que saiu ontem e o livro Scar Tissue, que, por uma filha da putagem de engano (Lei de Murphy atacando outra vez), veio em inglês.

Concluindo, Red Hot Chili Peppers é muito foda.

Foi só eu postar sobre estar apaixonado...

... que eu acho que me apaixonei.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meu amor e minha mente

Por todo minha vida tive um amor inerente pelo mundo. Sempre amei as pessoas em geral, sempre amei a vida, mesmo em meus momentos mais depressivos e desesperadores. Esse sentimento sempre foi algo natural em mim mesmo, já me ajudou e (muitas vezes) me atrapalhou nas mais diversas situações.

Mas e o amor romântico? Também sempre senti. Pelo menos até 2010.

Sempre fui facilmente apaixonável e nunca nem me dei o trabalho de negar isso. Isso já rendeu muito sofrimento de amor e, quando foi correspondido, muita felicidade.

2010, porém, conseguiu me mudar bastante. O começo foi marcado pelo fim de um namoro de um ano e meio, causando muito sofrimento e atitudes precipitadas. Também foi a causa de 99% do álcool que hoje circula no meu sangue.

Lá para o meio do ano, me apaixonei de novo. Mas pela mulher errada. O começo foi, sim, correspondido, mas, no que se seguiu, a amada gostava de mim, mas amava outro. O outro era seu ex-namorado, que ela tinha traído comigo. Só fui descobrir isso depois de dois meses com ela, quando ela já tinha voltado com o ex havia tempos.

Tudo isso me marcou, mas por fim consegui superar. Ainda tinha o amor inerente pelo mundo. A paixão individual, porém, parece ter sido afetada.

Tive outra namorada logo depois, que, na verdade, era uma ex minha, mas que tinha durado apenas um final de semana (nem vou entrar em detalhes). Amei-a, sim, mas sem paixão. E essa falta de paixão determinou o curto tempo que ficamos juntos.

Foram, então, três grandes decepções amorosas em apenas um ano. Hoje em dia, sinto como é difícil se apaixonar de novo. Conscientemente, não tenho medo de mais sofrimento, pois creio que ele faça parte da vida. Meu coração, minha alma, seja lá o que for, porém, pensa diferente.

A verdade é uma só: quero me apaixonar de novo. Porra.

Cá estou de volta

Já estamos no final de agosto e não escrevi absolutamente nada aqui. Não vou ficar me explicando pra mim mesmo ou para meus nenhuns leitores.

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Algo que percebi nesse último sábado foi que os cariocas, em geral, se perdem completamente quando chove. Talvez por viverem numa cidade muito pautada pela praia e pelas caminhadas, meus conterrâneos, além de se desanimarem com a chuva, também desmarcam programas que nada tem a ver com o ar livre e, muitas vezes, nem se dão ao trabalho de marcar qualquer coisa. O dia se perde completamente na chuva carioca.

Comigo não é bem assim. Caminho, mesmo com chuva. Saio, mesmo com chuva. Molho-me, sim, na chuva.

Mas, tenho que admitir, minha saúde é de ferro, talvez não seja algo de se recomendar.

domingo, 31 de julho de 2011

A essência do efêmero (certamente esse será o nome de uma de minhas musicas)

Tive um dos finais de semana mais agradáveis desse ano...

Na sexta, depois de dormir na casa da Thais, passei o dia com ela, comendo, conversando, tomando sol na piscina dela, vendo filmes e por aí vai...

No sábado fui à praia com o Helio e de lá fomos ver um grupo de jazz de rua enquanto desfrutávamos de uma ótima degustação grátis de vinhos que estava tendo por toda ipanema... Depois de literalmente sermos expulsos de um desses locais, fomos para o Zelda Day, que estava bem sem graça e de lá eu fui para uma festa onde estava minha mãe e meu irmão, que não vi as férias inteiras.

No domingo (hoje), fui para a praia com a Thais e lá encontramos o Felipe Fraga. Não ficamos muito, pois fomos para um outro show de jazz, no parque Garota de Ipanema. Lá foi extremamento bom, um lugar extremamente agradável, com ótima música e gente muito animada. Curti pra caralho. Lá encontramos também o Helio e sua trupe. Demos uma volta pelo Arpoador, fomos comer pizza no Zona Sul e de lá voltei pra casa.

Também hoje fiquei com uma musica na cabeça que gravei e coloquei no myspace. Ficou do caralho.

E agora estou ouvindo The Adventures of Rain Dance Maggie, novo Single do RHCP..

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Coisas chatas, números e, é claro, música.

Provavelmente vou repetir uma matéria na faculdade. Pra quem nunca ficou de prova final no colégio, isso é novidade. Afinal, esse período de provas finais é extremamente chato porque me sinto mal em todos os minutos em que não estou estudando, mas não consigo estudar nem um minuto.

Parece que minha memória é limita. Minha capacidade de aprender também. Minha capacidade de se esforçar, então, é mínima. Combinação perigosa.

Estou pensando em desistir disso tudo, mas já pensei nisso tantas vezes. Abrir mão do domínio dos números para um futuro garantido e cair na arte para uma vida perigosamente arriscada. Não faz meu estilo.

Dizem que isso é ruim, mas nunca abri mão da arte. Mesmo fazendo um curso de grande complexidade matemática, leio mais do que muitos amigos meus que fazem cursos de humanas. Além disso, toco guitarra, deixo me levar pela música, escrevo, componho.

Não preciso abrir mão do que eu gosto para fazer aquilo que me dará dinheiro.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

100

Pequei ao não perceber,
que o maior erro é deixar de errar.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Rumo aos 100.

Não vou completar 100 posts hoje.

Sempre fui bom com a palavra. Uma forma de expressão racional e limpa. Fácil, rápida, embora, de quando em quando, arrastada.

Hoje, sinto minha essência mudando. Meus sentidos estão mais aguçados, deixo-me fluir um pouco mais. Liberto-me da prisão da mente e me levo aos confins da existência, na qual não existem nem ao menos palavras.

Por isso, tenho escrito tão pouco aqui.

Os sentidos são mais importantes do que sempre pensei. Há uma mudança de consciência da minha parte.


Quero, hoje em dia, pensar um pouco menos.

Non, je ne vais pas...

Non, je ne vais pas t'aimer.
Parce que j'avais encore de apprendre a m'aimer.
Mais, non, je ne vais pas apprendre, jamais.
Parce que l'amour que je sens pour le monde,

c'est supérieur que moi.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sono

E fome.

Tudo isso movimenta meu querer.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Semana musical

Conheci ontem duas ótimas bandas de estilos diferentes aos quais estou acostumado.

Uma delas é a já mundialmente conhecida Radiohead, que eu gostei bastante.


Outra que conheci foi Warpaint.


Muito provavelmente foi por isso que não consegui dormir nessa noite. Fiquei compondo e tocando a madrugada toda. Parece que vou repetir a dose hoje.

Sinto a música numa efervecência na minha cabeça. Estou respirando música.

É simplesmente maravilhoso.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Música

A música me preenche com o som que me toca à alma
Para aqueles que não assim se sentem haja dó





Sacou o trocadilho?

John Frusciante (once again)

Eu acho que já mencionei nesse blog a minha admiração pelo guitarrista, pintor, cantor e compositor John Frusciante. Sua sensibilidade caminha de seus dedos à sua boca, que juntos fazem milagres artísticos que me tocam de maneira similar apenas ao meu querido Renato Russo.

O melhor é que sua sensibilidade não se limita à música, mas caminha também entre as palavras. Afinal, suas letras são de complexidade e beleza difíceis de achar na língua inglesa.

Para mostrar que não estou falando lorota, aí vai a tradução meio mal feita da música "Song to sing when I'm loney":

Uma canção para tocar quando estou sozinho
Ganhar e nunca jogar um jogo novamente
Ninguém vai notar qundo eu cair
Prender firmemente aos sonhos que nunca se acabam

Eu vou ser você
Eu vou
Eu vou ser você
Ninguém está com medo de ser chamado por outro nome
Ninguém ousa ser posto onde não há cabimento

Em nenhuma lugar está qualquer razão
Tudo morrendo e indo embora
Sem erros eu vou ser um bebê
Falsificando um movimento para ninguém perceber
Não é normal alguém encontrar novamente a paz jogada fora
Ninguém escolhe se humilhar

Símbolos perfuram me
Pessoas falham quando estão sendo desenhada
sLuz do sol acumula-se
Amando a dor de estar sendo aderido á

Por corpos luminosos
Só esperando por sinais que estejam errados
E retifique-nos
Em nenhum lugar no meu próprio tempo
Afogar-se e pensar que eu estou seco
Segurando os fatos que nunca serão provados
Fingindo as ações porque ninguém está olhando

Olá quando estou eletrocutado
Sentir nada enquanto minha vida está passando pelos meus olhos
Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto

Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto

Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto


Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto

terça-feira, 24 de maio de 2011

Blas e mais blas daqueles velhos blablablas

Escrevi pouco esse mês aqui no blog, o que é uma pena.

Na verdade, não tenho tido muito assunto sobre o qual escrever. Minhas angústias foram reduzidas a pequenezas adolescentes, coisas que nem valem a pena serem escritas.

Tenho dado muito do meu tempo à música. Estou com uma banda muito boa agora e estou realmente me divertindo. Tive sorte de encontrar o Victor, o Tarik e a Bubu. Estamos numa sintonia muito boa.

Devo começar também a fazer vôlei na praia. Mais uma tentativa desesperada de me desenfrangar. Espero também aumentar um pouco meu astral indo pra praia regularmente, o que deveria sempre fazer, tendo em vista a proximidade que estou dela.

Estou numa fase bem mais relax da vida, tocando bastante guitarra, vendo bastante tv, estudando quase nada, como sempre... Parei de me preocupar com muitas coisas, até mesmo com mulheres (não que meu interesse por elas tenha diminuido).

Acho que é isso. Beijos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Merdas

De quando em quando falo umas merdas nesse blog. Isso é resultado do meu pensamento rápido e da minha falta de revisão ou desenvolvimento do que escrevo aqui.

A verdade é que, assim que me vêm uma ideia sobre a qual escrever, venho logo para cá e vomito tudo.

Mas que seja, todo ser uma pensa/fala merda, por que não também escrever merdas?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Minha essência

Hoje, uma mulher (digo mulher porque não era nova, tampouco velha para ser chamada de garota ou senhora) disse algo que me surpreendeu: estou sempre a procura da minha essência, e essa será sempre uma busca frustrada, pois estou em eterna formação de mim mesmo.

Essa mulher já me surpreendeu muitas vezes. Com certeza poderia ser uma excelente psicóloga, pois parece às vezes me conhecer melhor do que eu mesmo. Pena que temos um envolvimento afetivo forte demais para ela me analisar com perfeição.

Pois é exatamente essa a minha eterna angústia: a busca pela minha essência. Procuro-a vasculhando todos os arredores da minha mente, consciente ou inconsciente, e continuo sem uma pista de quem eu realmente sou. Busco sempre aquele ser interior que me define, aquele DNA que determina minhas características.

Mas sou um ser humano, estou em constante mutação.

Por que, então, me identifico com algumas pessoas? Não digo pessoas comuns, tão misteriosas quanto a individualidade e o anomalismo lhe permitem, mas aqueles ídolos de sempre, que parecem tocar a todos que passam com a palavra.

Estou falando, é claro, de Renato Manfredini e Clarice Lispector.

Os dois são bem diferentes entre si, mas tem uma sensibilidade que me toca. Renato (Russo) era egoísta, mas humilde. Clarice era um pouco arrogante, mas era altruísta. Os dois eram angustiados, os dois viviam sobre o peso da ciência de que se é inconsciente da própria consciência.

Identifico-me não só com a sensibilidade de ambos, mas, muitas vezes, sinto-me uma mistura dos dois. Sou tão egoísta (talvez mais) quanto Renato Russo e tão arrogante (talvez menos) quanto Clarice Lispector.

Muitos acham que não, que não sou nem um pouco egoísta, que tento sempre agradar demais os outros. Mas isso só se deve à minha insegurança, que me dá o medo de me afastar daqueles que gosto. Também posso agradar por gratidão, pois quando alguém faz algo por mim me sinto na obrigação de retribuir.

Tudo isso é muito e muito pouco. Muitos nem chegam a uma fração de onde cheguei a saber de mim mesmo. Para mim, porém, é insuficiente. Quero me decifrar, me conhecer.

Mas esse enigma nunca será igual ao que era há um minuto atrás. Enquanto procurar a mim mesmo, serei sempre angustiado.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Thor

Não sei porque, mas de repente me bateu uma saudade imensa do Thor.

...

Quando eu conheci o Thor, ele já tinha dois anos. Era um labrador grande, peludo e extremamente carinhoso. Tinha sido dado à minha vó por um casal conhecido, que estava se mudando para algum lugar onde cachorros não eram permitidos. Ficou um tempo no apartamento da gávea, mas, como era gigante, teve de ser levado para o meu sítio.

Depois que foi para lá, meu contato com ele se limitou às vezes em que eu ia para o meu sítio nas férias. Lembro de que quando chegava, gritava pelo seu nome e ele corria ladeira abaixo e pulava em cima de mim ou da minha avó. Durante três anos foi assim.

Até que ele adoeceu. Sem ninguém saber o que tinha, começou a engordar sem comer e estava cada vez mais e mais desanimado. Minha avó decidiu trazê-lo de volta ao Rio e levá-lo a um bom veterinário. Nessa época, porém, o sítio começou a alugar menos e ela ficou com pouco dinheiro. Como minha mãe tinha acabado de se separar e a casa do meu pai era muito pequena, comecei a ir cada vez mais frequentemente para a gávea. Acabava sempre encontrando-o sempre lá, obediente, quieto, triste.

Foi esse o período no qual me afeiçoei verdadeiramente a ele. Passava horas conversando com o Thor, tendo sempre como resposta olhos sinceros que pareciam saber o que dizer. Já não brincava nunca, mas aceitava com prazer carinhos e abraços, os quais recebeu em abundância de todos os membros da minha família. Respondia ao amor de uma maneira que acho que só os animais podem fazer. Quando eu estava com ele, estava feliz, pois sabia que era amado.

Quando minha avó conseguiu levá-lo ao veterinário, encontraram um tumor que já tinha rompido e ido para a corrente sanguinea. Tiraram o que puderam e parecia que ia ficar tudo bem.




...



Poucos dias depois, Thor morreu.

Até hoje, essa foi um dos meus maiores momentos de verdadeira tristeza. Nem desespero, nem angústia, tristeza apenas. Não me relaciono bem com a morte, não consigo aceita-la como natural. Thor era o melhor cachorro do mundo e ninguém tinha o direito de tirá-lo desse mundo.

Tento não chorar ao escrever esse texto, mas é difícil. A perda de um ente querido, seja ele humano ou animal, é a maior prova do desprezo que a vida pode te dar. Não acho que vá algum dia verdadeiramente superar o morte do Thor. Sempre que lembro dele, acabo em lágrimas.

Eu te amo, Thor.
Até hoje.

Trecho de alguma coisa

(isso não é mais uma de minha divagações, é apenas um trecho de qualquer coisa que eu resolvi escrever)

Meu pai está doente. Desde que voltou da cidade, há mais de um ano, piora a cada diz que passa. Nesse último mês, parece que sua doença comeceu a atacá-lo de verdade. Ainda come porque o obrigo, mas mesmo assim teima em emagrecer mais e mais, como se seu corpo recusasse a comida que está recebendo. Está fraco, cansado, mesmo quando passa horas sobre sua cama, trancado no quarto, sofrendo em segredo.

Quando perguntei o que lhe tinha feito tão mal na cidade, resmungou algo e esquivou-se de mim. Insisti na pergunta, fazendo-o suspirar alto e responder:

- A própria cidade me fez esse mal, minha filha. A cidade me adoeceu.

Depois de dizer isso, vomitou sobre o chão árido desta terra, que recebeu de bom grado aquilo que deveria alimentar meu pai. Ao acudi-lo, senti sua pele arder como o sol e não consegui sustentar seu corpo, que caiu na leveza de uma pluma.

Acho que o ódio de meu pai pela cidade se tornou tamanha que ele resolveu por teimosia se tornar apenas um com essa terra e, assim, nunca mais ter que sair daqui. Essa transição, porém, parece ser mais do que ele consegue aguentar.

Sua doença, no entanto, a mim foi oportuna. Enquanto meu pai passa seus dias trancado em seu quarto, tenho mais tempo para sair de casa e mergulhar no rio onde tanto nos encontramos. Tornou-se rotina tirar a roupa e ficar a me observar nua no reflexo da água. Procuro nessa imagem o que fazia seus olhos brilharem e seu sorriso abrir. Acho que, nua, você via-me despida de qualquer cobertura corpórea, encontrando a alma desse deserto.

Antes de te encontar, nunca foi do meu gosto me observar despida. Acho que nem meu pai chegou um dia a me ver sem roupas e, se o tiver feito, tenho certeza que fez contrariado. Mas, ao te ver admirar meu corpo com tanto ardor, procuro hoje encontrar nele o que você achou com tanta facilidade, aquilo que tanto o fascinou.

Meu Deus, como sinto sua falta...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Reflexões da maioridade

Esse post não vai ser muito diferente dos outros, apenas um bando de letras formando palavras que, por sua vez, formarão frases, se juntando em parágrafos que, por fim, haverão de compor meu texto. E esse texto, pra variar, será chato.

Nesse domingo, dia 17/04/2011, completei (FINALMENTE) 18 anos.

Depois de uma festa, no mínimo, de arromba, não pude deixar de refletir um pouco sobre minha vida.

Muitas pessoas são nostálgicas em relação à infância. Dizem essas que eram tempos com menos responsabilidades, mais diversão e etc...

Acontece que eu não sou uma delas.

Não sei se foi porque minha infância foi marcada por uma série de mudanças (como se a adolescência tivesse sido muito diferente) ou porque na época meus pais não tinham muito dinheiro, mas a verdade é que lembro de ter sido uma criança muito feliz, mas não tenho vontade algum de voltar àqueles tempos.

Acredito, na verdade, que o método que escolhi de viver foi o melhor possível. Isso aconteceu aos 14/15 anos, quando de desgarrei completamente da minha criança interior. Começaram a surgir oportunidades de vida que poderia seguir e, naquele momento, eu sabia que deveria me decidir. Sentei comigo mesmo e, depois de muitas reflexões em torno desse assunto (que ainda invadem minha mente de vez em quando), escolhi viver a vida aos poucos.

Nem me fechar em cubo social, nem me perder na mediocridade da rotina e do bom-mocismo, nem me levar aos extremos. O caminho que eu sigo é descobrir todas as alternativas possíveis, sem me prender a nenhuma delas.

Sendo assim, aceitei com prazer minha maturidade e colhi todos seus frutos. Uns são amargos, como certas responsabilidades e angústias, mas não as vejo como nada senão efeitos colaterais da liberdade que hoje tenho.

A liberdade que conquistei com o meu crescimento é o que hoje me permite viver da maneira que escolhi. Eu a escolhi e é isso que me faz amar a minha infância sem querer a ela retornar.

Atualmente, sinto-me realizado. E, mesmo que haja dias que possa não me sentir assim, sei que não passam de dias ao vento da depressão, a qual eu já conheço e já venci.

Sei que, apesar de tudo, sou feliz.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ateísmo e peitos

Depois de um mês extremamente movimentado mentalmente, abril começa lento, mas firme.

Tenho focado minha criatividade nos meus dedos (vai ter gente pensando merda...), tocando guitarra todo dia, por mais de uma hora.

Mesmo assim, minha vida não parou e, na verdade, nesse final de semana ela começou uma certa turbulência.

Uma situação inusitada.

Agora, na verdade, estou entre a cruz e a espada.

E não sei se sou cristão ou suicida.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Novidade

Descobri, para a minha eterna surpresa, que o amor me excita pra caralho.

Muito bizarro.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Maioridade

Lá vem a maioridade...




























Foda-se.

quarta-feira, 30 de março de 2011

(explosão)

Essa tatuagem desenhada em minha mente

Queima minha pele como fogo

E me afundo no abismo do vazio

Mas eu não tenho medo

terça-feira, 29 de março de 2011

Limites

De vez em quando, pego uma semana para viver de excessos. Nem ao menos as escolho, elas me vêm ao acaso e, quando percebo, estou passando dos limites do atrevimento de uma vida inteira.

É como está sendo essa semana. Estou rápido, agitado, alucinando, sonhando, estou forte, tonto, estou vivendo e, é claro, estou morrendo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Apesar disso

, estou numa fase mista. Volto a acreditar cada vez menos em sonhos e a me afundar ainda mais rapidamente nas mesquinharias da vida. Mesmo assim, tento sentir mais. Tento me deixar chorar, me deixar sorrir, gargalhar, tirar um pouco essa expressão vazia do meu rosto.

Afinal, de que me vale viver, se eu não sentir? Mesmo que acabe sendo rico, famoso, bem-sucedido, etc... hei de um dia findar tudo isso com a morte. Terá valido a pena passar por tudo isso sem nem ao menos experimentar a dor, a felicidade, a angústia?

Peço para sofrer. Peço para sofrer para depois me levantar e olhar para trás e pensar que consegui me reerguer. Peço para me destruam, para que depois eu possa me reconstruir. Peço para que me tirem dessa vida na qual não sinto nada.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Tsc tsc...

Desanima-me a facilidade com que me desanimo.
De todas as preguiças, sou A preguiça.
De todas as tristezas, sou a solidão.

Tantas coisas

Resolvi me olhar no espelho
Mas me perdi em seu reflexo
É tão difícil te esquecer quando te vejo
Sei que isso nem tem nexo.

Perco as palavras quando tento te dizer
Que não tenho nada pra falar
Pois tudo ficar tão fácil de perceber
Depois que se usa o verbo amar.

E lá se foram... Tantas coisas...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Maturidade

Muitas vezes me acho nos extremos da maturidade. De quando em quando, me comporto como uma criança, com atitudes babacas que muitas vezes irritam amigos meus.

E, também frequentemente, comporto-me como adulto sem necessidade, pensando demais no futuro, com planos muito certos, planejando meu orçamento mensal, etc...

Blablablablablablalabla

Por que não me deixo ir com a maré?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Orgia Musical

Como eu já disse antes, não me deixo sentir muito, nem na música nem na escrita. Considero, porém, que a maior virtude de um músico é deixar o sentimento fluir.

Na guitarra, tem poucos guitarristas que admiro na forma de tocar. Muitos me influenciam, mas apenas 3 ou 4 me fazem gozar ao ouvir o som de seus instrumentos, sejam em solos, riffs, etc...

São eles:

Jimi Hendrix
John Frusciante
Eric Clapton (que descobri há pouco tempo)
John Frusciante

John Frusciante se divide em dois porque ele é dois guitarristas diferentes. Um deles é o maluco funkman, ultraguitarrista fodástico do mal que sola feito doido e toca feito um monstro.

O outro é aquele que faz as músicas mais bonitas que já vi, com solos lindos e tocantes, melodias profundas e psicodélicas.

Rock'n'Roll

Orgia Literária

Quero, não sei porquê, falar um pouco dos meus três escritores favoritos: Mia Couto, Clarice Lispector, Graciliano Ramos.

Mia Couto: esse é, sem dúvida alguma, o maior gênio da literatura que eu já vi. Escreve com tal profundidade e fluidez que parece que estou ouvindo Tears in Heaven (Eric Clapton) ao lê-lo. É um poeta prosador, assumindo em seus contos e livros um tom lírico difícil de encontrar nos melhores poemas.

Clarice Lispector: a maior escritora do Brasil. Sua escrita parece ter sido feita com urgência, como se seu pensamento tivesse uma ligação direta com o papel, sem haver necessidade de passar por suas mãos. Seu texto flui como o mar da praia, que cujas as ondas crescem até baterem e desmancharem na areia.

Graciliano Ramos: sem dúvida, controverso. Sua produção é única porque tem uma forma própria. Conseguimos notar em seus textos um certo mau-humor, como se ele estivesse sempre escrevendo chateado, apressado, angustiado. Mas, sem dúvida alguma, não é algo para todos apreciarem, diferentemente de Clarice e Mia Couto.

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Eu muitas vezes penso como eu mesmo escrevo. Na verdade, tenho muitas fases, que dependem muito do autor que estou lendo no momento. Mas, tanto na escrita como na música, busco procurar uma racionalidade, um ponto médio, o que, na minha opinião, não é bom. Sempre acho que falta um pouco de sentimento na minha obra, e por isso sou um poeta tão medíocre. Minha prosa ainda se salva pela minha alta capacidade de absorção do que leio, mas minha poesia é um desastre.

Falta sentir mais.

Falta deixar-me sentir mais.

Os múltiplos eus.

(peço primeiro desculpas aos que lerem esse texto - pelo menos serão poucos - pois encontrarão sucessivos "eus" repetidos nesse texto)

Desde criança, crio múltiplos eus para mim mesmo. De lá pra cá, muitos foram criados e destruídos pela imaginação e as limitações.

Esses eus criados nada mais são de que caricaturas de mim adulto, seguindo uma carreira, com família, emprego, etc...

Meu primeiro eu de que me recordo é o eu-arquiteto. Quando criança queria ser, a exemplo de minha avó, arquiteto e já nos meus sete oito anos desenhava casas e prédios que pensava em projetar no futuro.

Outro eu muito antigo, que resiste até hoje, é o meu eu-escritor. Esse me acompanha desde os dez anos até hoje, atingindo um recorde de estar na minha mente por oito anos.

E já se foram muitos outros, já houve o eu-lutador-de-artes-maciais, meu eu-engenheiro (acreditem se puderem), meu eu-diretor, etc...

Meus eus sempre ocuparam boa parte do meu pensamento. Brinco muito com eles antes de dormir, quando já estou deitado na cama, geralmente ainda sem sono.

Os eus que persistem hoje são os eu-economista, eu-escritor, eu-guitarrista (que voltou a pouco tempo) e eu-político, embora este esteja sendo cada vez mais esquecido.

Hoje em dia o eu-economista está cada vez mais forte. Tento consciliá-lo com os outros eus, mas é muito difícil pela consciência de limitação de tempo e disposição.

Pergunto-me quantos eus ainda surgirão. E, ainda mais, quando eu chegar à fase adulta e finalmente tiver determinado meu verdadeiro eu, todos os outros sumirão da minha mente? Difícil, muito difícil...

terça-feira, 15 de março de 2011

Post Scriptum (se é assim que se escreve...)

Gostaria de falar sobre as garotas da minha vida aqui, mas estou sob o risco de estar sob supervisão de uma delas, por isso tenho que me conter.

Essa é a parte ruim de ter um blog, é como se fosse um diário público.

410

Acabei de encontrar a garota mais bonita que eu já vi.

Estava pegando o ônibus 410 para a minha faculdade, quando resolvi sentar ao seu lado. Não foi nem a sua beleza estonteante que me chamou à atenção, pois sua cara estava coberta inteiramente por um livro, e foi justamente seu título que me fez sentar ao seu lado.

"Preconceito linguístico", era como se chamava. Comecei a divagar como se daria tal absurdo, quando resolvi sentar ao lado da garota que o lia. Fui percebendo aos poucos a beleza da menina, mas não sua dimensão.

Quando estávamos passando pela praia de botafogo, ela deu uma bela gargalhada. O que poderia ser tão engraçado em um livro tão sério quanto aquele parecia ser? Imaginei se ela não estava querendo justamente que eu perguntasse isso, mas eu, tímido nesses casos, obviamente não falei nada.

Ela, finalmente, resolveu descer no ponto em frente à igreja do Colégio Imaculada Conceição (que ironia...) e foi nesse momento que vi totalmente sua beleza, quando eu e ela levantamos juntos e trocamos um olhar rapidamente.

Não quero me estender muito na sua descrição, mas posso dizer que seus cabelos eram negros e seus olhos eram castanhos (como se isso adiantasse alguma coisa). A beleza é um conceito subjetivo, mas tenho certeza que a grande maioria dos homens e mulheres a achariam muito bonita.

Ela saiu e eu fiquei. Sentei e vim para a sala de laboratório da faculdade escrever isso.

Sei lá, parecia urgente.

domingo, 13 de março de 2011

Eu e meu eu guitarrista

Fazia dois anos e meio que eu não tocava guitarra, quase três anos. Muito tempo mesmo. Mesmo tendo feito um show há um ano, eu estava tocando um baixo que nem era meu, e para uma banda feita apenas para fazer um tributo ao Kurt Cobain.

Mas, finalmente, minha guitarra voltou à vida e agora eu quero, mais do que nunca, fazer uma banda. Mas cadê os integrantes? Já chamei um baixista e uma vocalista que até agora não parecem tão interessados nessa banda. Não os culpo, o baixista já tem uma ou duas bandas, a vocalista está no terceiro ano, mas sou eu que me fodo.

De qualquer forma, a volta de minha guitarra implicou na volta do meu eu guitarrista. Não tem pra ninguém, vou botar tudo pro inferno e tocar que nem um louco. Rock'n'Roll!

Carne aval

Não fiz muita coisa nesse feriado que costumo chamar de putaria generelizada (vulgo carnaval). Não gosto muito de bloco, embora vá a três ou dois a cada ano, além de também não curtir esse turbilhão de gringos, suburbanos (nada contra, juro), bêbados e putas que enchem as ruas da minha cidade maravilhosa.

Não tenho nada contra o carnaval em si, embora tenha a consciência da hipocrisia que é essa grande festa. Afinal, somos uma das populações mais conservadoras do mundo e temos uma das festas mais banais do mundo. Não podemos nem falar de aborto, legalização da maconha e da prostituição, no entanto é claro que na putaria generalizada você sempre, mas sempre verá milhares de pessoas transando com prostitutas, fumando maconha e fazendo um aborto depois do feriado.

Não é nem disso que estou reclamando. A hipocrisia é intríseca ao ser humano. Estou reclamando mesmo é do barulho, do lixo e de todas as consequências ruins do nosso querido carnaval. Ainda mais porque moro na frente de duas ruas por onde tradicionalmente passam milhares de blocos. Como diria Gabriel: aí fode com o cú do palhaço.

sexta-feira, 4 de março de 2011

As quatro estações (uma homenagem)

O amor a havia dilacerado. Perdeu-se entre monstros de sua própria criação, deixando-se cair na escuridão de um vazio de vida.

O sol queimava-lhe a pele enquanto andava sozinha por aquela rua tão cheia. Estátuas e paredes pintadas enfeitavam todo aquele caos urbano que a cercava. Tantas pessoas, tantas vidas, tantos sonhos, tudo junto em um espaço confinado de calor, sujeira e solidão. Já lhe era tão familiar aquele desespero silencioso, enterrado no barulho ensurdecedor de ônibus e carros atravessando a rua, como se sem direção.

Sentou-se em um banco de uma praça. O espaço, apesar de belo, estava infestado de defuntos que desconheciam a morte, vagando aos cambaleios sobre o chão infestado de pombos. Era como se tivessem mudado as estações. Tudo parecia mais triste, sem cor, sem ele.

“Eu sei que nada passou de um sonho.” – dizia a si mesma. – “Você dizia ‘ainda é cedo’, mas para mim os minutos lamentavam pelo desperdício que era passá-los sem você.”

Deixou-se levar pela decadente paisagem. A linha do horizonte a distraía, embora os prédios a impedissem de ver qualquer outra coisa se não suas cinzas estruturas. A imaginação, no entanto, a conduzia ao mais belo mar vazio, na solidão mais pura que pudesse desfrutar.

Há tempos que vivia daquela maneira. Nascera na mais aterrorizante pobreza, que acabou por levar seus pais à loucura pela necessidade. Desde nova teve que aprender a viver sozinha, embora estivesse sempre acompanhada. Ainda assim, não entendia como a vida funcionava, discriminação por causa de sua classe e sua cor. Ficou cansada de tentar achar resposta e, por fim, compreendeu que a vida servia apenas para se sobreviver.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pinturas em Copacabana

Faço com muita frequencia o trajeto botafogo-ipanema e vice-versa de ônibus, pois meus pais moram no humaitá e em ipanema.

Acontece que sempre passo por toda Copacabana, pegando geralmente muito trânsito e calor.

Mas tem dois momentos (um de ida, outro de volta) em que vale a pena passar por isso tudo.

Acontece que Copacabana tem muitas pinturas nas paredes. A maioria é pixação, mas tem um pouco de arte em alguns lugares.

Há duas pinturas que sempre me fazem sorrir ao passar por elas.

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Figueiredo Magalhães:
Essa é, no mínimo, engraçada. É um desenho simples de um rapaz com cara de porteiro e sem camisa em um tamanho anormalmente gigante, com um pé afundado na água lagoa Rodrigo de Freitas e outro entre os prédios. Ele fala: "Grande assim... Até a Ana vai me ver". Ao lado dele, tem um cachorro igualmente enorme.

É um desenho meio nonsense, mas muito tocante. O cara, de alguma maneira, ficou gigante junto com seu cachorro e a única coisa que ele deseja naquele moemento é que essa tal Ana o veja. Amor quase platônico.

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Barata Ribeiro:
Essa é mais nonsense ainda. É um cara (aparentemente drogado) com quatro braços apontados pra vários lados dizendo: "Na sua mente, és rei, mas na própria mente és escravo, é preciso renascer".

O que ele quer dizer com isso? Eu até entendo mais ou menos a primeira parte, mas por que seria preciso renascer? Sempre me faz refletir..

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...

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Outro dia estava indo para casa do Gabriel quando, passando por Laranjeiras, vi o mesmo rapaz com cara de porteiro, o cachorro e uma mulher (provavelmente a Ana)pintados em uma parede. Por algum motivo estranho, fiquei satisfeito, pois ele tinha conseguido afinal ser visto pela sua amada e agora eles estavam juntos e, aparentemente, felizes.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um final de semana atípico

Vou postar agora, em três partes, o que foi meu final de semana que, de tão estranho que foi, deve ser reportado.

Na verdade, domingo foi completamente normal, mas, como faz parte do final de semana, deve ser incluído.

Espero que gostem.

Sexta-Feira

Olha que interessante, sexta-feira eu levei, pela primeira vez na vida, um bolo de uma garota. Tinhamos marcado de sair às 18h e deram 19h sem ela aparecer ou atender o celular. A solução foi só uma: me embebedar com meus amigos.

Fui então para a casa do Erik, a Maria se juntou a nós e lá tomamos vinho e uísque (eu fiquei só no vinho), com direito à velha tradição de porradaria com o Erik. Terminei com o lábio e o nariz sangrando.

Após toda essa diversão pensamos em ir para o empório, mas passando antes pelo baixo botafogo. No caminho, adivinha quem me liga? A garota que me deu um bolo, pedindo desculpas e dizendo que dormiu demais (não sei se acredito, mas ok) e blablabla. Muito talvez pelo efeito do álcool, fiz a cagada de dizer: "relaxa, eu não perdi nada". Essa foi genial. Até agora estou me martirizando por causa disso.

Lá chegando, encontramos duas amigas da thais e da bia que eu, pelo menos, não conhecia e ficamos bebendo juntos. Depois as duas mais um amigo gay que tinha chegado mais tarde foram pra casa de uma delas se arrumarem pra uma festa na Lapa. Acabamos acompanhando-os junto à Clara, que também tinha chegado mais tarde. Pela primeira vez vi um apartamento de uma jovem solteira, uma parada que misturava cozinha, sala e quarto em um só cômodo, algo muito interessante.

O Erik e a Clara foram se animando para ir à festa da Lapa, mas eu realmente estava desinteressado. Foi então que a Maria começou a passar mal (não vou falar de quê, mas dou a dica que não foi de bebida) e tive que levá-la para minha casa cuidar dela. Ficamos lá umas duas horas e (GRAÇAS A DEUS) ela não vomitou e até melhorou rapido, apesar de ficar falando coisas sem sentido e cambalear de um jeito extremamente perigoso.

Levei-a então para casa e ela fez questão de me mostrá-la pra mim. Depois de uma breve visita, voltei pra ipanema cansado e muito frustrado pela noite.

Sábado

Esse foi um dia dividido.

Acordei lá pras 11h e fiquei com vontade de ir à praia. Obviamente, não fui. Comi então um sanduíche e esperei o tempo passar até, às 13 e 30 eu pegar um ônibus e levar 1 hora até à casa do Gabriel.

Fiquei lá muito pouco tempo, pois fomos para o HardRock Cafe almoçar. Comi um delicioso macarrão com quijão apimentado, além de algumas doses de guaraná. Foi muito bom bater um papo com o Gabriel e com a irmã dele, são gente muito boa.

Fomos então, após uma típica enrolação familiar para a fila do show do Paramore. Houve uma breve confusão para achar a tal e encontramos até o Guilbert, daquele jeito dele de sempre. Depois de encontrar a maldita fila (que estava muito mal organizada), ficamos umas 4 horas esperando para entrar, a pior parte do final de semana.

Mas foi bom que, assim que entramos, o show já estava acontecendo, mas da banda de abertura, fake number, uma bandinha bem ruinzinha. Lá fui me alocando para chegar na grade e no meio, para ver bem de perto a Hayley, coisa que fiz com sucesso.

É bom agora deixar registrado meu amor pelo show do Paramore, porque FOI MUITO FODA!!! Um show que, até agora, só perdeu para o Green Day, mas num embate duro, porque foi bom demais. Provavelmente se eu não gostasse tanto de GD, esse teria sido muito melhor, porque vi a Hayley bem de perto. Mas também quase morri lá na frente, o pessoal era muito maluco, meu deus.

Depois de umas cinco músicas vendo a banda na minha frente, resolvi dar uma chegada para trás, pois não estava conseguindo respirar e meu corpo estava todo dolorido. Aproveitei uma parte acústica e fui beber uma (3) água. Depois que voltou a parte interessante (crushcrushcrush, the only exception, pressure, MISERY BUSINESS), fui um pouco mais pra frente de novo e aproveitei esses últimos momentos.

Peguei então um taxi de volta com o Gabriel e com a Luisa, nós três derretendo de suor e todos extremamente satisfeitos com o show. Sem dúvida, a melhor parte do final de semana.

Domingo

Esse foi a dia, como já tinha adiantado, da morgação total. Acordei tipo 10 e 30, por aí, e fiz um sanduíche. Assisti umas 5hrs de televisão, dormi mais uma hora, almocei, li um livro, dormi mais uma hora e fiz um sanduíche. Aí vim pra cá escrever tudo isso.

Agora devo ir ao cinema. Beijos, amo vocês.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Criancices e felicidade

Falta uma semana para o fim das minhas férias, isso é simplesmente triste.. Nem ao menos consegui meu estágio e provavelmente minha viagem pra américa do sul terá de ser adiada..

Além disso, fiz uma última viagem de férias pra itaipava com meus amigos, que foi realmente muito, mas muito divertida. Espero sinceramente que esse grupo de amigos que fiz ao longo dos anos de CSI não se desmanche nunca.

Está um calor do caralho.

Ah, acho que agora estou saindo com uma garota. O interessante é que ela não faz parte de nenhum grupo de amigos meus, o que descomplica bastante as coisas.

Acho que é isso. Não há mais comentários para se fazer.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Detalhe

Tenho estado muito feliz ultimamente.. tipo, anormalmente feliz. Alguém me explica por quê?

Romances que valhem a pena assistir.

Tendo a não gostar de filmes de romance. Não porque sou um machão insensível, muito pelo contrário, mas justamente porque filmes de romance tendem a ser muito dramáticos ou muito "comédia romântica clichê".

Mas, quando o filme é bem feito, valhe muito a pena, podendo inclusive chegar aos meus top 50 ou quem sabe 10. Um, pelo menos, é o meu segundo favorito ("um lugar chamado nottin hill").

Também acabei de ver um filme que vale demais a pena, chamado "amor e outras drogas", que, se não tivesse um final EXTREMAMENTE clichê poderia chegar aos meus top 15 ou 20. Mesmo assim, é muito bom.

É bom esclarecer que nem todo filme de amor é um filme romântico, pode ser bem diferente. É o caso de Moulin Rouge, que, apesar de ser só sobre amor, é também um musical, uma comédia e um drama.

Aqui vai um top list dos filmes de romance que eu mais gosto (e os que eu estou lembrando agora):

Um lugar chamado Nottin Hill
500 dias com ela (odeio esse título em português)
Amor e outras drogas
Educação
Antes que termine o dia
Deixe ela entrar (sim, é romance)
Abraços partidos
Noivo nervoso, noiva neurótica (também odeio essa "tradução")
Aprendendo a mentir
Vicky Cristina Barcelona
Pecado original


Eu vou colocando conforme me lembrar.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Inferno hospitalar

Não mais suporto esse inferno hospitalar.
Essa cela na qual me aprisionam em uma cama.
Fadado à televisão 24 horas por dia.
Enclausurado em uma imposta solidão.

Siga meu conselho, não fique doente. Por favor, é demais.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Garganta rasgada

Essa cicatriz tatuada em minha mente
queima sobre meu corpo.
E o sangue escorre pela pele quente
sempre em silêncio sofro.

Essa dor que não cicatriza me aflige
deixando-me explosivamente vazio.
Minha cabeça, sempre cheia, está em crise
Condenando-me a esse eterno martírio.



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Pensei em te ligar ontem.
Mas o telefone estava sem bateria.
Agora já perdi a coragem.
Rio ao pensar que a tinha.