Não tenho muitos pensamentos formados sobre o que vou opinar, farei portanto um exercício de livre escrita a seguir.
Acredito que quando se mede a felicidade, se está mensurando basicamente a liberdade e a expansão de certa pessoa. O segundo não existe o primeiro, mas creio que a existência solitária do primeiro seja a situação atual da sociedade ocidente-liberal.
A liberdade seria não só o conceito negativo de não ser incomodado, mas a possibilidade de explorar quaisquer caminhos internos e externos ao ser, havendo vasta gama de caminhos a se seguir com o menor grau de coerção possível.
No entanto, liberdade sem expansão não é nada mais do que um conceito formal. Acredito que as pessoas hoje, apesar de suas crescentes liberdades, se prendem elas mesmas a determinados caminhos, sem expansão de horizontes, de conceitos, de visões. Ser livre sem usufruir de tal condição é estar tão ou mais aprisionado quanto aquele que sofre a coerção.
A questão é que, para se expandir, é preciso ser livre e assumir o risco. Para assumir o risco, é preciso enfrentar os medos, as preguiças e a inércia. É preciso desbravar, se afogar, cair e adentrar. É preciso se desapegar de sentimentos que o aprisionam, como a raiva e o ódio, é preciso sonhar e ao mesmo tempo não se prender ao sonho e, acima de tudo, é preciso sair do sofá e desligar a televisão. É preciso também parar, pensar, refletir sobre tudo que ocorre a todo momento. Experiência sem reflexão não gera expansão.
Creio que a preguiça seja o maior algoz da vida, principalmente da minha.
A inércia é um agente sutil, mas tão pesado quanto o mundo.
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