quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vergonha

Seu rosto ardeu quando a mão pesada da vergonha desceu-lhe à face, marcando-a com a raiva da incompreensão. E, apesar de sua força para não chorar, as lágrimas insistiram em lhe escapar aos olhos, não pela dor, mas pela tristeza de um sentimento reprimido.

- Nunca mais me envergonhe dessa maneira - disse sua mãe, com os olhos vermelhos de ódio.

As palavras pesaram como chumbo ao entrarem nos ouvidos de Helena, envolvendo-a em uma manta de horror. A morte vagava pelos arredores de sua alma, já sem vontade de viver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário