Frio, era o que sentia.
Deitado em seu leito solitário, acordou junto ao Sol, que tímido se levantava sobre as últimas horas da madrugada. Sentou-se à beira da cama, vendo o vazio do céu sem nuvens, fazendo-o lembrar da falta de lembranças da noite passada. Seus sentidos em sinestesia denunciavam a exuberância do exagero, resultando na falta de foco da mente, além da confusão entre a dor que sentia e um estranho sentimento de culpa que abatia sua consciência.
Levantou-se e de súbito sentiu a tontura atingindo-o em um golpe inesperado. Segurou-se ao que viu mais perto e lutou para permanecer de pé, atrapalhado pelas pernas, fracas como se ainda adormecidas. Sem saber o motivo, os bambeios lhe acusavam um crime sem seu conhecimento, mostrando-se provas irrefutáveis do pior pecado cometido. O problema estava na falta de um objeto a ser acusado, pois não havia lembranças indicando o delito.
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