Fomos a chama fluida cujo apelo derrete silenciosamente as bordas de nosso trôpego caminhar. Não somos hoje nada além da vagarosa lembrança que teima em me chamar para seu turbulento descanso.
Fomos a identidade líquida da sussurrante claridade de uma penumbra tímida. Não somos agora nem instante cujo desdenhar do momento haveria de quem sabe um dia liquidar.
Tudo que fomos é o que não somos. Nada do que somos foi o que fomos.
Tenho fome de novamente ser.
Ficou até com uma certa musicalidade, achei muito bonito e poético. Muitas vezes nós idealizamos um sentimento ou alguém, porém depois percebemos a mentira daquilo, isso gera às vezes asco, saudade ou poesia.
ResponderExcluirObrigado, Gyzelle! Sentimentos são tão sólidos quanto grãos de areia que escorrem por entre nossos dedos.
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