Há às vezes esse ar que passa por mim. Me pega de surpresa, faz-me loucuras com a cabeça, e fico sem saber o que dizer.
Essa distração perene, esse tráfego árduo, toda dificuldade que eu tenho de me fazer entender comigo mesmo.
É muito complicado quando esse peso se mostra ali, debaixo do tapete, onde sempre esteve e você nunca percebeu. Às vezes é possível tirá-lo dali, às vezes já há muito volume para ser retirado, apenas ele só se desloca, silenciosamente, até você descobri-lo mais uma vez.
Talvez uma faxina geral seja preciso. A questão é que estou cada vez mais convencido que o problema é endógeno: acabar com ele seria acabar comigo. Ele faz parte de mim.
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