quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Dia Seguinte Ao Amor

Quando a luz estender a roupa nos telhados
E for todo o horizonte um frêmito de palmas
E junto ao leite fundo de nossas duas almas
Chamarem nossos corpos nus, entrelaçados

Seremos, na manhã, duas máscaras calmas
E felizes, de grandes olhos claros e rasgados
Depois, volvendo ao sol as nossas quatro palmas
Encheremos o céus de vôos encantados!...

E as rosas da Cidade inda serão mais rosas,
Serão todos felizes, sem saber por quê...
Até os cegos, os entrevadinhos... E

Vestidos, contra o azul, os tons vibrantes e violentos
Nós improvisaremos danças espantosas
Sobre os telhados altos, entre o fumo e os cataventos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário