terça-feira, 29 de outubro de 2013

Quarteto de dois

Flor ardente de cor mutável
Não deixe seus espinhos lhe tomarem
As pétalas que, de tão belas, envergonham-se
De tão ofuscante beleza, dessas únicas na natureza.

Ah, amor resistente, de tons fortes, tensos e claros
Não deixe esse orgulho, que lhe é tão caro
Quebrar o espírito forte que cultiva
Desde o longo início da vida.

Corpos embevecidos de amor e desejo
Não se afastem nem por um segundo
Deixem a energia fluir por seus seios
Sintam na pele toda verdade do mundo

Fraqueje, se for preciso, mas não desista
Chore, se apoie, deite a cabeça em meu ombro
A felicidade é só nossa, pois então resista
Saiba que seu sofrimento é o meu, hoje, e sempre.



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