terça-feira, 1 de julho de 2014

Soixante dix-sept

Faz três dias que voltei de Paris, e por pouco que fiquei por lá, conseguindo entrar no avião na última chamada. Estando o voo marcado para às 10h30, sair no dia anterior e acordar, por acaso, às 8h30 certamente não foi uma sábia decisão.

Mas enfim, cá estou de volta ao Rio. Retorno a cidade onde consigo realmente me ver como eu mesmo, onde minha essência se mistura a todo o caos e amor que se entrelaçam por essas ruas engarrafadas.

Paris, descobri de primeira, é um símbolo morto imerso no grandioso tédio de seus moradores, submetidos à prostituição de um turismo raso, seco, e muitas vezes violento. Se, há 50, 40 anos, Paris era uma festa, onde tudo acontecia, hoje Paris é um final de festa, e todos não vêem a hora de ela acabar.   

Esqueça Paris, mas esqueça também São Paulo, pois o Rio é a cidade que pulsa. Não há outro lugar para se estar se não aqui, nesse momento.

Pois o Rio é a cidade em que se respira o instante. 

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