Li aquelas duas palavras que tanto falamos um ao outro, direcionada a outra pessoa. Contextualizo, mas, ainda assim, sinto.
Pensava antes que estivesse você acorrentada, mas percebo agora que é sobre mim que estão as correntes. Estou aprisionado a ti, imóvel, incapaz de qualquer ação ou reação.
Sou como Andrômeda, que se sacrificou a Poseidon, acorrentando-se a uma pedra no meio do mar, esperando que a maré enchesse.
Estarei eu destinado a me afogar?
É esse o desejo de Iemanjá?
Nada sei, nada posso saber.
Apenas me deixo levar.
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