Não sei quando perdi aquilo que, por desconhecer, afastei no primeiro instante, como se ameaça benquista, quiçá bem vinda, da qual por todo minha vida me privei.
Acabei por reencontrá-la em um sonho distante, embaçado por vezes, que me fazia lembrar da tímida luz que a Lua discretamente traz à madrugada fria.
Por generosidade, recebi-a de novo em meus braços e, por vontade, agarrei-a para nunca mais deixá-la escapar outra vez.
Olhei para o céu e a vi. A noite pairava acima de mim, tomada pelas mais belas estrelas, intercalada por diversas constelações e galáxias, chamando-me eternamente ao seu encontro, para mergulhar em sua imensidão indefinida, sem volta garantida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário