terça-feira, 22 de abril de 2014

Não sei hoje se me rasgo de suas memórias ou se me uno ainda mais a esses tão breves e atormentados momentos. A angústia da indefinição mergulha sobre mim e, de repente, me vejo aprisionada nesse eterno retorno à sua lembrança. Meu corpo se estica ao som do não movimento, minha mente se espalha por esse breve não ser, que emerge de dentro de mim. Estou no limbo entre o 'não você' e o 'não eu'.

Ah, mas minha pele clama pelo seu suor, enquanto meus pensamentos gritam para não ouvir o azul da sua voz. Meu maior desespero seria ter-me novamente em seus braços, que me aqueceriam naquele úmido abraço no qual nos imergíamos tão violentamente.

Talvez eu busque um pouco da dor que você me fez sentir, só para não voltar a me anestesiar.

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